É muito comum ouvir que as empresas credoras operam em risco, no sentido de oferecer algo sem garantia absoluta de que haverá pagamento. Apesar de ser uma afirmativa verdadeira, os riscos podem ser atenuados ao fazer uma boa análise de risco de crédito, combinada à classificação correta de perfil.
Neste artigo vamos falar sobre o risco de crédito, como fazer uma análise correta, explorar os significados de suas respectivas classificações e explicar porque integrar uma API com esse recurso ao seu software pode fazer toda a diferença no dia a dia do seu cliente, agregando valor ao seu produto. Boa leitura!
O que é risco de crédito?
O risco de crédito refere-se às aquisições de produtos ou serviços feitas a prazo, ou seja, com pagamento posterior ou ato de compra. Trata-se de um indicador que é construído a partir de informações do cliente ou usuário, indicando se ele está ou não apto a receber o crédito e sob quais condições será concedido. Podemos dizer que as empresas que oferecem a modalidade crédito “assumem” o risco em relação à operação, portanto, há uma análise prévia para balizar essa tomada de decisão, com o objetivo de diminuir perdas.
Como é feita a análise de risco de crédito?
A análise de risco de crédito é feita para estimar quais as chances do consumidor ou beneficiário honrar o compromisso financeiro acordado. Para isso, há dois grupos diferentes em que o perfil do cliente pode ser classificado, indicando riscos e possíveis “garantias”.
Nas situações em que há empréstimo, é por meio da análise que o valor mínimo e máximo são definidos, bem como as condições de pagamento.
Outro ponto que a análise de crédito leva em consideração são os 5 C’s do crédito. O termo refere-se ao caráter, capacidade, capital, condições e colateral do contratante. Essa análise é uma forma de descrever melhor o perfil do possível beneficiário e estabelecer os argumentos para aprovar ou reprovar o crédito.
Veja o que cada “C” significa*:
· Caráter: diz respeito à reputação e nome no mercado do solicitante de crédito, seja pessoa física ou jurídica. Pode envolver histórico de cumprimento de prazos ou outros empréstimos;
· Capacidade: avalia o fluxo de caixa da empresa, riscos do setor de atuação e quais seriam as alternativas para pagamento do crédito;
· Capital: envolve a verificação de patrimônio líquido da empresa e também das pessoas físicas vinculadas à instituição;
· Condições: avalia as condições de crescimento, estagnação ou retração do setor de atuação da empresa, identificando o objetivo da solicitação de crédito;
· Colateral: analisa as garantias, como bens próprios (imóveis, equipamentos, ferramentas, entre outros) da empresa e também do contratante.
· Os 5 C’s enquanto indicadores de análise variam de acordo com as regras estabelecidas por cada empresa credora. A depender do nicho de atuação, cada “C” pode ganhar um peso diferente para a decisão final.
*Com informação do portal Comunidade Sebrae.
A classificação do risco de crédito
Há duas categorias de risco de crédito: se enquadram nos Riscos de Primeira Classe os que apresentam, segundo análise prévia, mais chances de não efetuar o pagamento do crédito. Por esse motivo, a empresa credora exige mais garantias para liberar o benefício.
Já nos Riscos de Segunda Classe estão os perfis que apresentam chances mais expressivas de realização da quitação. Nesses casos, há menos exigências de garantias e a negociação com o cliente é mais flexível.
Para construir uma política de crédito eficiente, é fundamental que essas duas categorias sejam consideradas durante o processo de verificação.
Por que ela é necessária?
A análise e classificação de riscos de crédito é muito importante para evitar prejuízos ao negócio. A falta de pagamento pode afetar o caixa, impactando diretamente na saúde financeira da empresa e na continuidade da operação. Portanto, a análise permite que a empresa tome decisões mais assertivas e reduza a inadimplência.
A análise de risco de crédito auxilia as empresas a criarem perfis de clientes, classificarem os riscos da oferta e estabelecer quais serão as garantias para disponibilizar o crédito.
Dicas de boas práticas
A análise dos 5 C’s e a classificação do risco de crédito são formas de garantir mais assertividade na tomada de decisão em relação à oferta de crédito e respectivas condições. Confira, abaixo, outras dicas para aperfeiçoar essa operação.
1. Classifique os perfis
Inicialmente, é fundamental localizar a pessoa física ou jurídica dentro dos Riscos de Primeira Classe ou dos Riscos de Segunda Classe. Esta classificação indica se há mais ou menos chances da empresa credora receber o pagamento e também aponta caminhos para os níveis de exigência em relação às condições de pagamento.
2. Atualize e monitore as regras
As políticas de oferta de crédito devem ser monitoradas e revisadas com frequência. Há inúmeras variáveis que podem impactar o setor financeiro ou áreas de um negócio. Estar atento as mudanças nos cenários políticos e econômicos é uma das formas de criar regras coerentes, condizentes com o contexto de cada segmento. Acompanhar mudanças no setor econômico, político e social é uma forma de manter as políticas de análise de risco de crédito sempre atualizadas e coerentes com o cenário atual.
3. Defina limites de crédito
Estabelecer um teto máximo para o crédito garante que a empresa opere com mais segurança. Se o cenário for ideal, com pagamento em dia dos que recebem crediário, os lucros são maiores. Porém, se houver inadimplência, a organização segue com as atividades pois estava operando com a oferta de crédito dentro da margem de segurança.
4. Automatize as análises
Analisar o risco de crédito não é uma tarefa simples, mas pode ser automatizada. Uma das formas é utilizar softwares de consulta, que agregam informações e histórico financeiro de pessoas físicas e jurídicas.
Veja alguns dos benefícios da automatização:
· O cliente diminui o tempo com análise de crédito por dois motivos: o primeiro é o acesso ao banco de dados completo, que fornece uma resposta rápida para a avaliação e o segundo é a integração com o sistema de uso contínuo da empresa;
· A comunicação entre departamentos internos ganha mais fluidez e agilidade;
· As decisões são mais assertivas e menos arriscadas, proporcionando mais segurança aos negócios;
· O risco de inadimplência é menor, já que a avaliação é mais apurada e abrangente;
· O acesso a um banco de dados robusto permite retornos com diferentes tipos de consulta e quantidade de informações;
· Melhora a percepção de valor agregado, já que com um software integrado é possível concentrar as informações sobre o cliente em um só local.
· Viu como a análise e classificação podem ficar mais ágeis se forem automatizadas?
FONTE: Tecnospeed